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Santa Ifigênia vira reduto wireless

segunda-feira, 17 de março de 2008


Santa Ifigênia num sábado: ruas tomadas

A região deixou de ser o paraíso dos computadores baratos, e se reinventou como ponto de equipamentos sem fio.

Os PCs ultra econômicos deixaram de ser o principal ganha-pão dos comerciantes da Santa Ifigênia, o maior centro de vendas de produtos de tecnologia do país. Depois que a grande indústria passou a despejar nas lojas milhões de máquinas baratas, a Santa Ifigênia perdeu condições de competir nessa faixa.

Mal consegue empatar ou vender desktops por 20 ou 30 reais a menos – com a desvantagem de cobrar a vista, sem poder oferecer crédito em 10 ou 12 suaves prestações, como as redes varejistas.

Em compensação, os equipamentos wireless tomaram as lojas e os shoppings da rua e das suas vizinhanças. Aos roteadores de sempre, se somou uma oferta ultra variada de notebooks e acessórios para notebooks. Um Gateway vermelho? Tem lá. Um Positivo de 12 polegadas, branco? Também. Um tablet HP prateado com configuração duas vezes mais poderosa que a versão importada pela própria empresa e preço 35% mais em conta? Idem. Eee PC branco, verde, rosa, preto, com configuração de 512 de memória ou 1 GB, já ajustado em português pelo distribuidor? Está lá.

As próprias lojas da Santa Ifigênia incorporaram os notebooks no trabalho. O velho hábito de pedir aos comerciantes amigos o produto em falta para atender o cliente no balcão continua – mas agora já se apela ao MSN para saber se dá para emprestar a mercadoria. Muitos pontos de venda estão passando por um upgrade, para encarar a nova missão. Shoppings novos, com acabamento melhor, surgem aqui e ali. E a muvuca, nas ruas, continua firme.

Os desktops não desapareceram totalmente da paisagem, é claro. Mas hoje a Santa Ifigênia é mais um ponto para comprar peças para montar um computador mais caro, mais poderoso, do que mais barato. Ou fazer um upgrade qualquer. As placas de vídeo, os processadores, as placas-mãe, os adaptadores Bluetooth, os pen drives a preço de banana continuam lá. E não parecem dar sinal de sumir tão cedo.

por - Sandra Carvalho

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