A América Móvil, maior operadora de telefonia móvel da América Latina, anunciou na noite de segunda-feira que vai oferecer o popular serviço de vídeos YouTube em celulares, em um esforço por ampliar ainda mais sua base de clientes.

Uma porta-voz da América Móvil, que no Brasil atua sob a marca Claro, disse que os vídeos do YouTube estariam disponíveis inicialmente em todos os celulares de terceira geração (3G) do México, e que posteriormente serão oferecidos pelas operadoras do grupo em outras partes da América Latina.

"O fato de que seja possível ter muito conteúdo... ao alcance de todos pode ser um dos fatores que despertará o interesse entre as pessoas dispostas a pagar pelo serviço", disse Martin Gonzalez, analista do grupo financeiro Invex.

O YouTube.com, subsidiária do Google e um dos sites de maior sucesso na Web, está abrindo seu serviço a milhões de celulares dotados de conexões sem fio de alta velocidade.

Diego Molina, diretor de desenvolvimento de negócios do Google na América Latina, disse à Reuters que o YouTube estaria disponível para os clientes da Claro no primeiro trimestre deste ano.

"Quanto ao restante da região estamos esperando pelo lançamento de sites do YouTube em cada um dos países antes de introduzirmos as versões móveis do serviço nesses mercados", disse.

O YouTube opera sites locais em mais de 15 países, entre os quais México e Brasil. A cada minuto, usuários do YouTube em todo o mundo enviam 10 horas de vídeo para o site, segundo Molina.

Como parte do acordo de exclusividade com prazo de dois anos entre o YouTube e a América Móvil, o site de vídeo planeja dividir receitas publicitárias com o grupo mexicano, mas Molina não deu mais detalhes.

A América Móvil tem mais de 150 milhões de assinantes, dos Estados Unidos à Argentina. A empresa opera em outros 15 países latino-americanos, além do México.

Nos EUA, o YouTube só oferece serviços plenos de vídeo para os usuários do iPhone, da Apple, e para os aparelhos vendidos pela Helio, uma pequena operadora celular que tem como foco clientes jovens e afeitos à tecnologia.



Reuters