Não parece coerente: lojas que são franquias de operadoras podem vender celulares, mas não podem desbloquear esses mesmos celulares?

Na maré de problemas que estão vindo à superfície com as dificuldades dos consumidores de desbloquear seus celulares, o das franquias parece surreal. Muitas dessas lojas não aceitam fazer desbloqueio dos aparelhos alegando que são franquias, não lojas próprias.

Ora, se a franquia pode fazer a venda, como não pode fazer o pós-venda? Pode receber o dinheiro dos consumidores, mas depois não pode atender suas necessidades mais básicas em relação aos produtos que elas próprias venderam?

Não conheço os contratos que regem as relações das franquias com as operadoras, e imagino que assumam várias formas diferentes, dependendo da operadora, da franquia, da região, das circunstâncias. Talvez alguns contratos - ou todos - estipulem mesmo que as franquias não devam fazer o desbloqueio. Uma coisa é certa: isso não ajuda a construir uma relação de confiança entre o consumidor e a marca, seja qual for ela.


por - Sandra Carvalho