Motorola comenta divisão da empresa em duas
sábado, 29 de março de 2008
às 7:35 AMEmpresa garante que decisão atende interesses de valorização da companhia, mas não dá informações sobre situação na América Latina e Brasil.
Não foi surpresa a divisão da Motorola em duas companhias independentes, sendo uma voltada à fabricação de celulares e outra ao fornecimento de infra-estrutura de banda larga. O anúncio preliminar, feito pelo CEO recentemente empossado Greg Brown, foi divulgado no final de janeiro passado.
O que não está claro é o que essa mudança vai significar na prática. E, especialmente para o Brasil, ainda falta esclarecer o que essa reestruturação vai representar para a operação local da companhia. Em resposta a perguntas enviadas por e-mail pelo COMPUTERWORLD, a empresa garantiu que a divisão foi feita para atender os interesses da companhia e de todos os seus acionistas.
O comunicado não esclarece, contudo, se estão previstas demissões ou modificações na estrutura da empresa no País, limitando-se a afirmar que “o mercado latino-americano é importante para a Motorola e que a fábrica de Jaguariúna foi criada para suportá-lo (...) e que teve sucesso significativo no Brasil e na região”.
Sobre a possibilidade de venda da divisão de celulares, lê-se no comunicado: “O que anunciamos hoje é que iniciamos o processo de criação de duas companhias independentes e de capital aberto. Nós não colocamos um anúncio de ‘vende-se’ na empresa”.
De acordo com Kristin Crispin, analista de telecomunicações da Frost & Sullivan, o caminho escolhido pela Motorola evidencia o que as grandes companhias de telefonia celular têm de fazer para se manterem saudáveis. “Essas empresas não podem investir só em dispositivos. Elas têm de colocar seus esforços em mobilidade e serviços para o mercado corporativo”, diz.
A analista completa: “É isso o que a Nokia já está fazendo e a LG, com o acordo com a Nortel”. De acordo com Kristin, o problema é que a Motorola deixou sua área de celulares chegar a um ponto que, quando perdeu a segunda colocação para a Samsung, os investidores passaram a hesitar em investir na área de redes, que é saudável, com medo do peso da divisão de celulares.
E o que acontecerá com a área de celulares? “Essa é a grande questão e foi essa dúvida que fez a empresa optar pela divisão. Uma das possibilidades é a busca parceiros”, diz ela.
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