Até julho, as principais operadoras de telefonia celular do Brasil terão redes 3G em operação, segundo Alexandre Borin, diretor no Brasil do Ericsson Mobility World. "Depois disso, elas perdem vantagem competitiva. Um minuto que a gente adianta é uma vantagem enorme para o cliente", diz.

A empresa está implantando a infra-estrutura de terceira geração de telefonia celular em praticamente todas as grandes operadoras do Brasil. Foi a responsável, por exemplo, pelas redes de Telemig Celular e Claro, já em operação.

O executivo afirma que, inicialmente, as operadoras vão implantar terceira geração nos grandes centros, onde a densidade populacional é mais elevada. Mas outras regiões também têm potencial para o uso dessa rede. "Regiões com grandes fazendas são um exemplo, porque você não tem densidade populacional, mas tem poder aquisitivo ", explica.

Para Borin, o 3G vai acelerar ainda mais o mercado de telefonia móvel, mas fará com que as operadoras deixem de disputar preços e passem a concorrer na oferta de serviços mais competitivos. "As campanhas de terceira geração que estão na mídia já mostram isso. Ter oferta customizada vai fazer a diferença", analisa.

De acordo com o executivo, a disseminação da banda larga será outro benefício da 3G, porque consumidores de áreas urbanas e rurais terão alternativas às tradicionais ofertas de ADSL e cabo.

"O barateamento que a rede 3G permite vai aumentar velocidade de conexão e reduzir preços, o que vai causar, cedo ou tarde, inclusão digital. Posso dizer que a terceira geração será alternativa até onde já há ADSL, porque às vezes o consumidor não está satisfeito com o serviço ou o preço está muito alto e não tem alternativa", pondera.