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BrT cresce nas classes C e D, mostra análise

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Buscar as classes C e D fez a Brasil Telecom ver sua receita por usuário cair (ARPU, da sigla em inglês).

O movimento também levou a empresa a reduzir a estimativa de ARPU para o ano de 2008 em relação às previsões anunciadas no início deste mês a analistas e acionistas.

A única meta revista foi o ARPU de telefonia móvel. Ela agora estima uma queda de cerca de 7 por cento ao longo deste ano sobre a média de 2007, que foi de 34,20 reais.

A previsão anterior era de um ARPU estável. Com a queda agora projetada, a receita média ficaria este ano em algo como 31,80 reais, ainda superior à alcançada no período de janeiro a março.

A empresa ainda teve um agravante de 22 milhões de reais de impacto na receita provocados por uma queda no tráfego entrante que ela ainda não conseguiu explicar. Segundo Paulo Narcélio, vice-presidente financeiro e diretor de relações com investidores, a operadora "vai investigar as razões e buscar correção, tomar as medidas necessarias".

De acordo com o executivo, que participou de teleconferência com analistas sobre o balanço, por desconhecer no momento as causas da queda, a operadora "ainda não sabe se é (algum efeito) recorrente ou não recorrente".

A queda na receita média foi destacada por praticamente todos os analistas que acompanharam a teleconferência. A Brasil Telecom alterou o mix entre usuários pré e pós-pago que mantinha nos trimestres anteriores. A base de pós-pago caiu 14,2 por cento, enquanto a de pré-pago cresceu 40,3 por cento.

Narcélio explicou que "o que a companhia tem feito mais é focar nas classes C e D, que é onde há mais espaço para crescer a base de telefonia movel", o que explica a mudança no mix e a consequente redução da receita média por cliente.

O executivo afirmou, no entanto, que a receita média estimada vai ser alcançada com pacotes que visem ampliar a receita dos atuais clientes de pós-pago. "A empresa está preparando um conjunto de lançamentos para o segundo trimestre que vai permitir atingir mais clientes de pós-pago dentro da base de telefonia fixa", afirmou, sem revelar detalhes.

Segundo ele, o impacto do lançamento dos serviços de terceira geração da Claro em sua região, lançados em novembro passado, "ainda é muito discreto". A Brasil Telecom, disse, "não sentiu impacto relevante nem na base de pós-pago nem na de banda larga".

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