Feed
Assine nosso Feed ou receba por email

Tchau, telefone fixo?

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O número de linhas móveis ativas no Brasil cresce em média 2 milhões ao mês, desde abril do ano passado, enquanto o total de assinantes de telefonia fixa está praticamente estagnado. Cada vez mais as empresas de telefonia móvel oferecem planos que funcionam como telefones fixos, o que leva o consumidor a pensar em substituir a tradicional linha fixa por soluções que usam a rede móvel. Mas será que trocar o aparelho fixo pelo celular é uma boa alternativa para o bolso dos brasileiros?

Depende. Especialistas em economia doméstica dizem que o consumidor paga caro pelo uso do celular porque não leva em conta fatores como perfil médio de gasto, promoções relâmpago e valor das tarifas.

"Eles buscam benefícios imediatos, como preço do aparelho celular e isenções temporárias. Só que depois o benefício acaba e o preço pesa no bolso", explica Maria Inês Dolci, coordenadora institucional do Pro Teste de São Paulo, ressaltando que a prova disso é que o segundo fator de crescimento de inadimplentes em SP é o descontrole dos gastos e a telefonia está entre eles, de acordo com dados da Associação Comercial de São Paulo.

Entenda as suas necessidades e o seu perfil de uso

Para não engrossar a lista de devedores e acertar na escolha econômica, a maneira mais indicada para saber se é a hora de trocar o fixo pelo móvel, ou até mesmo de operadora, é começar pela avaliação do seu perfil de consumo, fazendo-se perguntas do tipo: como uso o meu celular?; ligo mais para móveis do que fixos?; em que horário gosto de falar ao telefone?; para quê uso o celular, trabalho ou pessoal?; a maioria dos meus contatos está na mesma operadora que a minha?; faço muitos interurbanos?.

Responder a essas perguntas é fundamental para entender como o usuário gasta seus créditos e como poderá reduzir a despesa mensal fazendo ou não uma migração, ressalta Maria Inês, do Pro Teste. Só a partir dessas definições é que o usuário deve fazer a sua escolha.

Vantagens de um e de outro

Ter um número fixo é vantajoso para quem liga mais para números fixos, faz interurbanos e quer ter banda larga por esse meio. A Internet em alta velocidade também pode chegar por cabo (via empresas de TV fechada) e por satélite. O que mais pesa no bolso do consumidor com a telefonia fixa normal é o valor da assinatura mensal. Essa situação não vai mudar porque as empresas já venceram essa batalha na Justiça. Desta forma, um caminho para o consumidor que quer se manter com uma linha fixa é procurar os planos personalizados com limite de gastos. Vale lembrar que as operadoras móveis oferecem também pacotes especiais com solução móvel e fixo em um mesmo aparelho.

Já o típico usuário de celular é aquela pessoa que liga mais para números móveis e quase não faz interurbanos. Esses consumidores estão entre os que podem dispensar a telefonia fixa. Mas também precisam manter a atenção na escolha da operadora. Para tal, a dica é: pergunte qual o preço do minuto da sua franquia e também do excedente. Para começar, o valor do minuto do pós-pago é inferior ao do pré-pago. Então, vale a pena ter um plano pré-pago e pagar a mais pelo que se gasta?

Segundo a coordenadora do Pro Teste, o consumidor de pré-pago valoriza, principalmente, o recebimento de chamadas e quando precisa usar o telefone, acaba pagando mais caro pelo minuto. Já quem pretende usar o pré-pago para controlar gastos não faz um bom negócio, porque existem opções de plano pós-pagos com controle de consumo e o valor do minuto é inferior ao dos planos de cartão.

"Apesar de mais vatajoso, o usuário do pré-pago não migra para o pós. O que ele faz é pular de uma empresa para outra. Por isso, a portabilidade numérica será importante para o consumidor. Quando o serviço chegar, os usuários terão, com certeza, tarifas ainda mais em conta", diz a coordenadora.

por: Tatiana Schnoor

Imprimir Salvar como Pdf
Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina