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Cuba descarta acesso de pessoa física à internet a curto prazo

segunda-feira, 12 de maio de 2008

O Ministério de Informática e Comunicações (MIC) de Cuba descarta a abertura da internet aos particulares a curto prazo, depois que o presidente, Raúl Castro, autorizou há pouco mais de um mês a venda livre dos computadores.

O vice-ministro primeiro do ministério, Ramón Linares Torres, reconheceu hoje à Agência Efe que essa reforma abriu uma expectativa sobre o "que vai acontecer com o desenvolvimento da informática em Cuba".

No entanto, indicou que devido aos problemas de "conexão" e "às restrições, não se pode pensar que barateará (...) nem tornar mais fácil o acesso à internet".

"Continuará havendo a falta de recursos para tornar o serviço mais amplo", acrescentou.

Cuba se conectou oficialmente em 1996 a internet, mas o Governo tem restringido o acesso dos particulares à rede, devido, segundo diz, às medidas do embargo que os Estados Unidos mantêm contra a ilha e que limitam as condições e qualidade da conexão.

Segundo o ministro, as limitações econômicas, tecnológicas e de comunicação impedem Cuba de distribuir com mais amplitude esse serviço e as autoridades priorizam o acesso à rede interna (intranet) da ilha.

"Aí (na intranet) é onde queremos ter todos os conteúdos principais, que esteja a grande biblioteca do país, onde estejam todas as aplicações, os serviços que possam ser dados sem desconhecer o uso da internet, seu valor e os perigos quanto ao uso seguro desse serviço", acrescentou.

Linares explicou que "continuará existindo a situação de falta de recursos em geral para poder fazer um serviço (da internet) mais amplo", em um país com uma densidade telefônica de pouco mais de 10 aparelhos por cada 100 habitantes.

"Há muitas casas que ainda não têm telefone e a plataforma local de informática não suportaria uma avalanche de conectividade e também não há os recursos financeiros para desenvolvê-lo", disse.

A rede nacional é um projeto de interconexão em desenvolvimento, o qual acessam cerca de 200 mil computadores, fundamentalmente desde o entorno acadêmico, o da saúde e a educação, assim como de outros setores profissionais.

O vice-ministro cubano indicou que "é uma grande aspiração que todos tenhamos um computador", mas assinalou que "é preciso ser realistas" e "ir passo a passo e atendendo às necessidades da economia, da sociedade e também as individuais".

Ele disse que o projeto de cabo de fibra óptica que ligará Cuba com a Venezuela a fim de facilitar o acesso da ilha à rede "para o ano 2009-2010 pode estar ativo".

Com relação ao andamento das vendas de computadores autorizados desde 1º de abril, Linares afirmou que se forem comparadas com as fornecidas aos programas estaduais, o impacto "é insignificante".



EFE

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