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Detentos no Ceará usam golpe por SMS para recarregar celulares pré-pagos

quinta-feira, 5 de junho de 2008

As semelhanças com PCs adquiridas pelos telefones celulares nos últimos anos, evidentemente, não ficariam apenas na reprodução de músicas e filmes e na navegação móvel – teria de haver aqueles que tentariam roubar dinheiro por meio dos aparelhos.

Um golpe que usa o nome do canal de televisão SBT em mensagens telefônicas distribuídas a partir do Nordeste vem atingindo usuários incautos em todo o País, prometendo prêmios como carros e casas.

Em uma versão digital do popular Conto do Vigário, a promessa de recompensa exige um ônus – no caso das mensagens, o usuário é obrigado a comprar um número determinado de cartões de recarga para celulares pré-pagos como “prova do interesse”.

Tecnicamente, o golpe tem nome: é chamado de phishing, ameaça de segurança em que os criminosos usam mensagens para convencer o usuário a dar algo próprio em troca de um prometido prêmio.
Se a Justiça afirma que o problema é da segurança pública, quem seria o responsável por combater o golpe? Para o major Marcos Costa, da Polícia Militar do Estado do Ceará, é obrigação da PM ajudar nas revistas, tornadas mais freqüentes nos presídios da região por causa do golpe, feitas nas celas dos presos.“Sabemos que a maioria dos golpes aplicados no Brasil vem do estado do Ceará, notadamente, das unidades prisionais na capital e região metropolitana”, admite o major, que cita o presídio IPPS, com cerca 2 mil presidiários já condenados pela Justiça,como provável centro das operações.

Segundo Costa, possibilidades para um combate efetivo dos golpes, além das rotineiras revistas (“já tivemos uma quantidade considerável de celulares apreendidos neste ano”, revela), terão de sair da Secretaria de Justiça do Estado, que já estuda alternativas.

O órgão avalia a implementação de rastreadores, ao invés de bloquear o sinal celular, identifica o aparelho responsável pelas ligações e, por meio de um canal direto com a operadora responsável, exige sua desabilitação.

Outra medida seria o reforço na revista das visitas aos presidiários motivado também pelos golpes por celular: a Secretaria estuda também a viabilidade de um novo equipamento na porta do presídio que rastreia por inteiro o corpo do parente, indicando até mesmo objetos nas partes íntimas, esclarece o major.

Não há prazo, porém, para que as iniciativas sejam efetivadas. Até lá, o melhor remédio contra o golpe é uma mistura de desconfiança pelo generoso prêmio e consciência da falta de atuação das empresas envolvidas em concursos do tipo, como sugere, além de TIM e SBT, o bom senso.

via| idgNow

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