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36% dos jovens brasileiros de até 15 anos têm celular, revela pesquisa

segunda-feira, 7 de julho de 2008

25% dos entrevistados estão na faixa dos 6 aos 9 anos de idade.
Para neuropediatra, criança antes dos 6 anos compreende funcionamento do aparelho.
Uma pesquisa realizada em 30 países por uma empresa de consultoria em tecnologia revelou que 36% dos jovens brasileiros de até 15 anos têm celular. E 25% deles estão na faixa de 6 a 9 anos. O celular se transformou no sonho de consumo da garotada.

No topo do ranking está a Nova Zelândia, onde quase metade (47%) dos jovens de até 15 anos tem celular, à frente inclusive do Japão, com 41%. Mas quem pensa que as crianças asiáticas já nascem com um celular na mão está enganado. Na Coréia do Sul, somente 11% delas têm telefone próprio.

"Os pais proíbem as crianças de terem celular, porque eles consideram que isso é algo que perturba a educação das crianças", explica o coordenador da pesquisa, Renato Trindade.

Isso é algo de que Evandro Sakai, dono de uma empresa de informática e descendente de japoneses, discorda.

"O raciocínio melhorou muito. Melhoraram na escola depois que a gente começou a liberar bastante essa parte tecnológica pra eles, assim", compara o empresário.

"Eu acredito que vá dando maior desenvoltura para a criança", opina a dona de casa Clélia Coimbra. Para ela, uma criança de 6 anos pode ter um celular.

A avaliação de Dona Clélia bate com a dos pais ouvidos na pesquisa.

"É um grande divisor de águas a partir de 6 anos", diz o coordenador da pesquisa.

Para o neuropediatra Erasmo Casella, o cérebro da criança é capaz de compreender o funcionamento básico de um telefone antes dos 6 anos de idade.

"Criança de 3, 4 anos já entende o que ela pode fazer com o celular", diz o neuropediatra do Instituto da Criança Erasmo Casella.

"Ela compreende o que ela pode usar, porém não é o suficiente para ela controlar o impulso", diz Casella.

O lobo frontal - a área do cérebro responsável pelo autocontrole - ainda não está completamente formado na infância.

"De repente ela fica numa ligação mais de meia hora com um amiguinho", alerta o neuropediatra.

"Se ela não tem a maturidade para ter, o celular vai passar a ser um brinquedo, onde ela tira foto, vai ligar para uma amiga. Vai ser um brinquedinho bem caro para a mãe", aponta a pedagoga Fernanda Silveira.

Por isso, o mais indicado é comprar um aparelho pré-pago. E criar regras bem definidas.

"Não pode usar na sala de aula. Tem que ser breve, não dar dados pessoais pelo celular, como endereço, estudo em tal escola", diz a mãe Andréa Lucas.

"A família tem que mostrar que o celular é para ser usado com responsabilidade", afirma Casella.
via|G1

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