10 questões nao respondidas sobre o iPhone no Brasil
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
às 4:17 PMO iPhone 3G finalmente foi homologado pela Anatel, dois meses depois de seu anúncio oficial. Só que apesar de aprovado para vendas no mercado brasileiro, ainda restam muitas dúvidas sobre como o telefone será comercializado. A Macworld Brasil levantou dez questões ainda sem resposta sobre o aparelho no Brasil.
1) Data de lançamento
O Brasil aparece no site da Apple como um dos países a receber o iPhone 3G “em breve”, mas até agora o pais não foi citado por nenhuma operadora como participante dos 20 países com iPhone lançado em 22 de agosto. A Telefônica, dona da Vivo, disse que vai vender em 8 países da América Latina (Argentina, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Peru e Uruguai) a partir de agosto. A América Móvil, controladora da Claro, também inclui Honduras e Paraguai na lista. Então, quando chega?
2) Qual aparelho vem?
O modelo homologado pela Anatel é o iPhone de 8 GB. Cadê a versão de 16 GB e a versão em branco do telefone?
3) Preço
Mesmo os países latino-americanos não tiveram o preço divulgado para a venda do iPhone 3G ainda. Não falar sobre o tema parece ser a estratégia das operadoras para aumentar a ansiedade do consumidor e evitar que o concorrente copie seu tema.
4) Desbloqueio
As regras da Anatel dizem que os aparelhos celulares têm de ser vendidos desbloqueados, podendo a operadora exigir no máximo 1 ano de fidelidade. A Apple vai brigar com a Anatel e tentar barrar a venda de aparelho desbloqueados? Ou será que ela tem uma estratégia de venda de aparelhos sem bloqueio em seus planos, independente de operadora?
5) Aplicativos e serviços
A Claro já tem sua rede 3G em pleno funcionamento pelo Brasil, assim como a TIM. Só a Vivo ainda não anunciou seus planos de redes 3G – espero que isso seja feito de maneira simultânea ao iPhone 3G. Só que o iPhone tem recursos como o visual voicemail, que é customizado pela operadora. Como isso vai funcionar? As operadoras já estão prontas para o software do iPhone?
6) Assistência técnica
O calcanhar de Aquiles da Apple no Brasil é a assistência técnica de produtos - donos de iPods quebrados que o digam a dor de cabeça para consertar ou trocar o produto. Fica a questão: apesar da venda pelas operadoras, será a Apple responsável pelo serviço de apoio ao comprador? Ou será mais um abacaxi nas mãos das operadoras, que terão de enviar o produto aos Estados Unidos para troca? Potenciais compradores de iPhone, preparem-se.
7) Ainda as operadoras
O iPhone 3G vai ser, com certeza, o produto de consumo do Natal, apesar de apostarmos no início das vendas do produto já em setembro. Claro e Vivo são listadas como operadoras oficiais no site da Apple, e a TIM só diz que “negocia” com a Apple a venda do aparelho. Mais alguma operadora vai entrar nessa disputa? E a rede da Vivo, Claro e TIM estarão prontas para agüentar um maior volume de tráfego de dados causado pelo iPhone 3G?
8) Donos de iPhone original
Quem comprou um telefone da Apple e desbloqueou o aparelho – ainda que de forma ilegal – já quebrou o contrato de serviço com a Apple. Como as operadoras pretendem lidar com esse cliente que já tem um iPhone e quer um dispositivo 3G? A Apple pretende dar algum suporte oficial aos donos de iPhone primeira geração?
9) App Store
Já presente no Brasil, a loja de aplicativos para iPhone é uma versão limitada da loja norte-americana. A Apple pretende continuar com essa política ou vai negociar com os desenvolvedores (principalmente os de games) a venda mundial dos programas?
10) Frequência do aparelho
A Apple não diz qual é a frequência do iPhone 3G. Apesar de ser uma informação técnica e que não interessa à maioria dos consumidores, ela pode afetar a região onde o aparelho será vendido, já que as operadoras muitas vezes operam com mais de uma frequência em 3G naquela área (A Claro, por exemplo, opera redes 850 MHz e 2.100 MHz em São Paulo). Segundo o documento de homologação da Anatel dá a entender, o iPhone 3G funciona em frequências de 850 e 1950 MHz.
As questões estão no ar. Faltam as respostas da Apple e das operadoras.
via: Macworld Brasil
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