Com um mercado cada vez mais competitivo, os fabricantes de celulares incorporam aplicativos, até então disponíveis apenas nos aparelhos de maior valor financeiro como GPS, Touchscreen e multimídia, nos terminais voltados para clientes de menor poder aquisitivo.

Nos Estados Unidos, por exemplo, os celulares convergentes de custo mais baixo já representaram 50% das vendas totais do segundo trimestre. Na América Latina, o momento é o das operadoras incentivarem os assinantes a trocarem de aparelhos. No período, segundo estudo da IDC foram vendidos 306 milhões de aparelhos celulares mundialmente.
O montante representa um crescimento de 15,3% em relação ao mesmo período no ano passado quando foram vendidos 265,4 milhões de unidades e de 5,6% nas expectativas preliminares para o trimestre.

O levantamento da IDC reporta ainda que os smartphones prosseguem "puxando" as vendas mundiais crescendo cerca de 40% ao ano, mas neste trimestre, até em função do lançamento comercial do iPhone 3G da Apple, esses terminais inteligentes, observa o analista senior da IDC, Ramon Llamas, determinaram uma mudança na estratégia global da indústria.

"Os fabricantes detectaram que era preciso incorporar os recursos disponíveis nos terminais de preço mais alto(high end) nos de médio e baixo custo", complementa o analista. Apesar das incertezas econômicas, entre elas, o preço do petróleo e da elevação do preço dos alimentos, o mercado de telefonia móvel continua com crescimento considerável nos mercados emergentes da Ásia/Pacífico.

Na China, por exemplo, apesar dos benefícios concedidos aos fabricantes locais, o desembarque iminente do iPhone 3G,da Apple, abre caminhos para outros concorrentes, entre eles, a HP, que começaram a vender seus dispositivos. Na análise da IDC, na América Latina, o setor móvel mantém um registro positivo de crescimento.

Como há um processo de migração de redes, as operadoras começam a ofertar novos serviços e a principal estratégia para este ano, segundo a consultoria, de operadoras e fabricantes de celulares, é o de incentivar a migração dos terminais de baixo custo pelos aparelhos com os recursos inteligentes, como música, multimídia e outros, com preços adequados à realidade econômica da região.

Mundialmente, observa ainda a IDC, a competição no mercado de maior valor financeiro permanecerá bastante acirrada. O desembarque do iPhone 3G, da Apple, movimenta este segmento.
A disputa por este cliente de maior poder aquistivo, aponta a IDC, será determinante para sustentar o ritmo elevado de vendas de terminais celulares nos próximos trimestres do ano. Seguindo o nível atual de vendas, a perspectiva da consultoria é que mais de 1,2 bilhão de aparelhos sejam vendidos no mundo até dezembro.