Serviço da concessionária, batizado de Velox Plug, segundo o diretor de Finanças, José Luis Salazar, já está disponível nas lojas da Oi, mas o executivo não quis revelar os preços do produto nem quais cidades já têm 3G oficialmente.

Salazar assumiu que para a Oi, 3G "é transmissão, é banda larga" e que a competição no serviço na sua área de atuação - RJ ao Amazonas - até então restrita entre a concessionária e a Net, ganhou novos players (teles móveis) e deverá ficar bastante acirrada. Em dezembro, a Oi paga os R$ 780,3 milhões que faltam da aquisição da licença de Terceira Geração. Em abril, a operadora pagou 10% - R$ 86,7 milhões, dos R$ 867 milhões.

"Vamos finalizar o pagamento da licença de 3G ( a empresa só não comprou na área da Brasil Telecom) no final deste ano. Demos o sinal inicial de 10% em abril, na assinatura dos contratos", destacou Salazar. No total, a empresa contabilizou R$ 900 milhões para o pagamento de licenças.

Segundo o diretor de Finanças da Oi, R$ 300 milhões serão destinados para a montagem da infra-estrutura de rede 3G na área de atuação da companhia. Salazar manteve a posição da concessionária: A Oi não pretende modificar a estratégia, mesmo na 3G, de apostar na venda de chips. "Não temos motivos para mudar uma estratégia que está dando certo e que lançamos há dois anos", afirmou.

"3G para nós é transmissão. É para banda larga. É nisso que estamos investindo", completou, deixando claro que a Oi vai jogar suas fichas na oferta de banda larga móvel nas áreas onde não consegue chegar com a conexão ADSL, serviço batizado pela concessionária de Velox, e que soma 1,804 milhão de assinantes.

No entanto, Salazar, evitou dar detalhes sobre o cronograma e/ou expectativas para a 3G, na teleconferência de imprensa realizada nesta quinta-feira, 31/07, para a divulgação dos resultados do primeiro semestre do ano. "São dados estratégicos para nós. A concorrência será grande nesta área", destacou.

Na prática, Salazar mantém o discurso já adotado pelo presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, no Telebrasil 2008, evento realizado em junho, na Bahia. Nele, Falco disse que lançaria 3G sem "estardalhaço de mídia".

Já com relação à entrada da operação da Oi em São Paulo, Salazar diz que na previsão dos investimentos anuais - R$ 4,5 bilhões - pelo menos R$ 1 bilhão será dedicado para a operação no Estado e envolverá os serviços de 2G e 3G, agora, com lançamento previsto para outubro.

"São Paulo tem apenas três operadoras concorrendo e apesar de ser o estado mais rico do país, tem penetração 10% inferior à registrada no Rio de Janeiro. Então há demanda para termos mercado e rápido", reforçou. A Oi dedicará ainda R$ 600 milhões para a expansão do serviço móvel em 2G na sua área de atuação, conforme as metas de universalização impostas para a Terceira Geração.

via: convergência digital