Apesar dos esforços, a China Mobile, maior operadora de telecomunicações móveis da China e responsável pela rede Terceira Geração no país, a partir do padrão próprio do país - o TD-SCDMA - não conseguiu cumprir a capilaridade pretendida para as Olimpíadas 2008. Além disso, a tele enfrenta problemas técnicos com a nova rede.

Mark Natkin, diretor geral da Marbridge Consulting, em entrevista ao ZDNET Ásia, revelou que o padrão chinês não está apresentando o resultado esperado e a própria interoperabilidade do padrão TD-SCDMA (Time Division Synchronous Code Division Multiple Access) com a rede 2G também está aquém da expectativa inicial.

Segundo a China Mobile, em julho, 52 mil assinantes aderiram ao serviço 3G da operadora, mas de acordo com reportagem veiculada em junho no Jornal China Business News, apenas dois mil terminais TD-SCDMA haviam sido entregues e comercializados.

Oficialmente o governo chinês revelou que licitará licenças de 3G, em outras tecnologias, num prazo de seis meses. "Se isso se confirmar é bem provável que o TD-SCDMA venha a sofrer problemas para ganhar assinantes",destacou o analista.

Na parte de oferta de terminais, no mês passado, Motorola, LG e Samsung venceram um contrato para fornecer 30 mil unidades em TD-SCDMA para a China Mobile. Oficialmente, no entanto, os fabricantes preferem adotar uma política cautelosa com relação ao padrão chinês. Segundo eles, ainda não é possível fazer uma estimativa de demanda porque a rede não tem capilaridade e o serviço foi recém-disponbilizado pela China Mobile.

Apesar das dificuldades do TD-SCDMA, a China Mobile terá uma vantagem de quase um ano diante dos seus concorrentes. Essa é a análise feita por Hwai Lin Khor, analista da ABI Research. Isso porque somente no terceiro trimestre de 2009, a China Telecom, que recém-comprou as operações CDMA da China Unicom, deverá ativar uma rede WCDMA e CDMA 2000, capaz de fazer frente à rede 3G TD-SCDMA da China Mobile.

via: ConvergenciaDigital