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Smartphones deverão liderar em 2015 o ranking móvel na AL

sexta-feira, 17 de outubro de 2008


Os terminais inteligentes - smartphones - mesmo impulsionados pelo marketing em torno do iPhone, da Apple - devem ter um ritmo gradual de crescimento nos próximos sete anos no mercado latino-americano, quando deverão superar os modelos tradicionais na liderança do market share de aparelhos. Nesse tempo, o smartphone deixará de ser visto como um terminal corporativo e/ou para usuários de classe A e será alvo da atenção do consumidor final, afirma a consultoria Frost & Sullivan.

"Os smartphones tiveram um grande apelo de consumo com o marketing em torno do iPhone, da Apple, mas a verdade é que entre os fornecedores atuais, não há grande diferença de qualidade de dispositivo. Todos eles se equivalem. O diferencial do iPhone são os aplicativos. Essa é a grande lição para o mercado", enfatizou Andres Sciarrotta, analista da área de mobilidade da consultoria, em conferência pela Web, realizada nesta quarta-feira, 15/10.

A região latino-americana está bem defasada em relação à Europa, por exemplo, no uso de terminais inteligentes. "Em 2007, foram vendidos 5,4 milhões de smartphones na AL. Na Europa, esse número foi de 10,2 milhões. A proporção será mantida em 2008, mesmo com o desembarque do iPhone", observou o analista da Frost & Sullivan.

Nos próximos sete anos, inclusive, acrescentou Sciarrota, o crescimento de uso desses terminais acontecerá proporcionalmente à mudança de comportamento das operadoras.

Segundo o analista, hoje, os terminais inteligentes estão direcionados para o mercado corporativo e para os clientes de maior poder aquisitivo. Em três anos, em função da demanda dos jovens, essa relação começará a mudar.

"As operadoras verão que é necessário criar maior rentabilidade através de aplicações como redes sociais e compartilhamento de conteúdo. E isso virá com a popularização dos smartphones", reforçou o analista.

Sciarrota enfatizou ainda que há um bom número de consumidores que ainda não conhece as funcionalidades dos terminais inteligentes. "As operadoras têm de fazer trabalhos neste sentido. Os clientes querem voz, multimídia e texto. Os smartphones proporcionam isso", indicou. O analista também mandou um recado para os fabricantes de terminais.

"É preciso um esforço para simplificar o uso das aplicações, para atrair desenvolvedores de soluções e também para cuidar da duração da bateria porque usar a Internet, fazer downloads e falar ao telefone consome muito a carga atual", completou.

O consultor da Frost & Sullivan observou que já há trabalhos nesta direção, com equipes de profissionais de P&D trabalhando para que as baterias durem oito, 12 e até 24 horas, sem a necessidade de recarga.

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