Essa matéria foi postada no forumRamalhoblog pelo colaborador Logan e foi publicada originalmente no http://www.opopular.com.br/ porem como é de interesse de muitos usuários de equipamentos de GPS portados em celulares eu resolvi reproduzir na integra a matéria que achei muito interessante.

Teste e usuários revelam que alguns programas de navegação
de mapas são limitados. Problema maior é a Desatualização

Camila Blumenschein

Para muitas pessoas que chegam a Goiânia e não conhecem a cidade ou quem já mora na capital, mas não sabe muito bem localizar endereços, uma opção para não ficar perdido é o GPS.

Difundido primeiro como uma ferramenta para veículos, hoje ela já é encontrada em muitos celulares e amplamente utilizada em grandes cidades como São Paulo. Em Goiânia, entretanto, muitas vezes, esse recurso pode deixar o usuário na mão, uma vez que alguns endereços não são encontrados ou aparecem erroneamente.

O POPULAR realizou testes e ouviu usuários de alguns dos modelos mais comuns de celulares (smartphones) que oferecem esse serviço no mercado e constatou que, com alguns softwares de navegação de mapas é possível encontrar endereços sem grandes dificuldades. Mas com outros, o usuário pode ter limitações.

Foram utilizados o iPhone, da Apple, e o N95, da Nokia, e escolhidos locais de grande procura e visitação na cidade. De dez endereços, o iPhone, que faz a navegação pelo Google Mapas, encontrou apenas três localidades. O N95, por sua vez, por meio do software Garmin Mobile XT, encontrou todas (veja quadro).

Endereço errado
O estudante Guilherme César Costa, de 21 anos, comprou um aparelho N95 porque precisava localizar regiões onde costuma fazer escalada. Ele usa o software da Nokia, o Nokia Mapas. “Fora da cidade o serviço funciona bem. Mas quando precisei usar em Goiânia achei que estava desconfigurado”, explica. Ele conta que muitas vezes “pedia” uma rua e o aparelho indicava o endereço de um quarteirão. “Uma vez reparei que coloquei a Rua 9, no Setor Oeste, o GPS encontrou, mas informava que era mão dupla, o que não é o caso”, comenta.

O POPULAR realizou o teste com dez endereços no mesmo aparelho, o N95, só que com o software Garmin. Todos foram encontrados com sucesso. Essa diferença se deve ao fato de que cada empresa que fabrica os softwares utiliza uma maneira de confeccionar ou obter os mapas da cidade e de produzir as rotas.

Segundo o gerente de vendas e serviços da Nokia, Fiore Mangone, a empresa usa os mapas fornecidos pela Navteq, empresa especializada na produção de mapas digitais para navegação. Fiore informou que a cobertura feita em Goiânia ainda é básica, enquanto em São Paulo os mapas são 100% navegáveis.

O diretor geral da Navteq, Helder Azevedo, esclarece que, para que o mapa básico seja gerado, a empresa utiliza fontes de dados de prefeituras, imagens de satélites e fotos aéreas. Já para produzir um mapa 100% navegável é preciso que os analistas de campo se dirijam às cidades, para coletar a geometria precisa das ruas. “Dois analistas da Navteq, que são cartógrafos ou geógrafos treinados, dirigem pelas ruas em um carro que possui um receptor de GPS diferencial de grande precisão, câmera e equipamento especializado. Enquanto um dirige, o outro vai narrando tudo o que vê. Dessa forma, os dados são coletados para a montagem das rotas”, descreve.

O diretor destaca que Goiânia passou pelo teste de campo no segundo semestre de 2008. “O consumidor Nokia pode ficar atento, pois Goiânia no Nokia Mapas passará a ser 100% navegável em breve.” O Google Mapas também demonstrou estar com os mapas de Goiânia desatualizados. Já o Garmin Mobile XT revelou rotas precisas e pareceu ser o mais indicado para quem quer se localizar em Goiânia.

Fonte segura
O técnico da área de geoprocessamento da prefeitura de Goiânia, Flávio Yuaca, diz que os mapas digitais da cidade são atualizados todos os anos, desde 1996. Ele explica, no entanto, que algumas empresas fabricantes de GPS para veículos e celulares solicitam as versões da prefeitura, mas há outras que preferem desenvolver seus próprios mapas ou utilizar os de empresas.

“A última versão foi feita em 2008 e foi aferida para fins de GPS de navegação”, assinala. Ele salienta que existem duas hipóteses para que erros aconteçam. “Algumas empresas utilizam mapas desatualizados ou antigos. Nesta última versão, foram retirados vários erros de posicionamento em relação à versão anterior”, informa.

Outra explicação seriam problemas de parametrização. Segundo o especialista, o GPS deve ter o mesmo parâmetro em que o mapa foi feito. “As empresas devem se preocupar com isso”, declara.