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Começa a adivinhação sobre a nova versão do iPhone

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Será que Steve Jobs conseguirá superar o iPhone... com outro iPhone?

Em junho do ano passado, Jobs começou a vender aquele que havia se tornado um dos mais comentados bens de consumo da história. Agora, ele enfrenta novo desafio, à medida que a Apple se prepara para introduzir uma versão atualizada de seu celular, no mês que vem.

Depois de quase um ano de fortes vendas que o tornaram um dos modelos dominantes entre os celulares inteligentes dos Estados Unidos, o iPhone se acomodou em ritmo menos espetacular: cerca de 600 mil unidades ao mês, de acordo com a empresa.

A Apple embarcou 5,5 milhões de iPhones para as cadeias de varejo, até o final de março, os mais recentes números divulgados. Nos primeiros três meses deste ano, as vendas foram de apenas 1,87 milhões de aparelhos, de modo que ela teria de vender mais de oito milhões de unidades nos nove meses seguintes se deseja cumprir a meta publicamente declarada por Jobs, de colocar 10 milhões de iPhones no mercado em 2008.

"Eles enfrentarão dificuldades" para atingir esse número, disse Edward Snyder, analista da Charter Equity Research. O analista apontou que a Nokia, a maior fabricante mundial de celulares, vende mais aparelhos por semana do que a Apple vendeu desde que lançou o iPhone.

Assim, o que o carismático líder da Apple pode ter guardado na manga a fim de acelerar o ritmo, e impedir que a segunda geração do iPhone parece anticlimática, comparada ao modelo inicial?

Ainda que a empresa não confirme publicamente o lançamento de um segundo iPhone, os observadores da Apple concluíram que a nova versão deve ser lançada em 9 de junho, o dia de abertura da Conferência Mundial de Desenvolvimento de Software promovida pela Apple.

Aparentemente em preparativo para o acontecimento, os estoques existentes do iPhone estão sendo reduzidos sistematicamente ao longo do último mês.

Se bem que as lojas da operadora de telefonia móvel AT&T disponham do modelo em estoque, nas lojas da própria Apple a oferta praticamente desapareceu, e o modelo já não está à venda na loja online da empresa.

A Apple pode estar tentando evitar a raiva que enfrentou em setembro, ao cortar o preço do iPhone em US$ 200 apenas dois meses depois de colocá-lo à venda, o que fez com que muitos compradores se sentissem trapaceados. Jobs ofereceu aos compradores insatisfeitos um crédito de US$ 100 nas lojas da Apple.

A redução da oferta pode significar que haverá menos compradores zangados quando seu novo celular se tornar subitamente obsoleto.

"Você pode dizer o que quiser sobre Steven Jobs, mas ele está aprendendo com os erros passados", disse Roger Entner, vice-presidente sênior da IAG Nielsen, uma empresa de pesquisa de mercado. "Eles estão limpando os canais de varejo".

Enquanto a oferta se reduz, a Apple vem promovendo uma série de acordos com operadoras de telefonia móvel em todo o mundo. Na terça-feira, a TeliaSonera, operadora de telefonia móvel da Escandinávia, anunciou que passaria a oferecer o iPhone em sete países, entre os quais Suécia, Dinamarca e Noruega.

Os únicos países grandes que ainda não contam com um acordo de distribuição do iPhone são o Japão, Rússia e China.

Enquanto isso, a fábrica de boatos sobre a Apple vem funcionando em ritmo febril nas últimas semanas, com especulações sobre as características do novo aparelho.

Um site da web que acompanha importações chegou até a decidir que os manifestos de embarque indicavam que a empresa já havia trazido milhões de iPhones aos Estados Unidos em dezenas de contêineres de transporte marítimo. Executivos do setor afirmam, no entanto, que essa seria uma decisão estranha para a Apple, que no passado sempre trouxe os produtos fabricados fora do país aos Estados Unidos de avião - embarcando o primeiro lote no último momento possível.

Tanto Jobs quanto Randall Stephenson, o presidente-executivo da AT&T, a parceira da Apple no iPhone, prometeram que um novo modelo do celular inteligente chegaria ao mercado este ano, e que ele seria capaz de operar em uma rede sem fio de dados de alta velocidade. A AT&T está construindo uma rede como essa, que emprega uma tecnologia conhecida como 3G e tem por objetivo operar com uma gama de novos aplicativos, entre os recursos de vídeo. A empresa anunciou na semana passada que a instalação da rede estaria em larga medida concluída pelo final de junho.

Mas os analistas dizem que downloads mais rápidos podem não bastar para deflagrar uma nova onda de interesse dos consumidores pelo iPhone. "Os assinantes não se incomodam com a interface de rádio que seus aparelhos utilizam", disse Snyder.

Caso deseje reproduzir o entusiasmo com que o iPhone foi recebido, Jobs provavelmente precisará de algo mais. Até agora, ele conseguiu sucesso em ocultar todas as surpresas do novo modelo apesar dos esforços de dezenas de sites e blogs que acompanham os novos produtos da empresa.

Houve especulações sobre a possível presença de uma câmera de alta resolução, possível capacidade de gravações em formato de vídeo digital, um invólucro um pouco maior e mais curvo e o acréscimo de um chip conectado ao sistema de posicionamento global (GPS), que permitiria o uso de serviços de web vinculados à posição geográfica do usuário.

Tradução: Paulo Migliacci ME

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