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Indústria de celular corre para suprir demanda

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Enquanto o número de usuários de celular no Brasil continua avançando com força, os fabricantes de aparelhos procuram adaptar sua produção à demanda crescente e ao real fortalecido, sem perder contratos de exportação. Nem sempre, entretanto, eles conseguem.A Nokia, maior fabricante mundial de celulares, estabeleceu prazo até meados de junho para decidir se terá de fazer um investimento no aumento da produção brasileira, apesar de promover eficiências operacionais para conseguir atender aos mercados local e de exportação com a mesma estrutura.

Segundo Mauro Correia, diretor geral da fábrica da Nokia em Manaus (AM), do primeiro semestre de 2007 até o momento, a companhia já elevou a produção da unidade em 70%, sem compra de máquinas.

Segundo ele, com esse trabalho e os três turnos de operação, a companhia não precisou redirecionar contratos de exportação para o mercado interno. A empresa, que não divulga números precisos de produção de aparelhos, mantém política de abastecer 85% do consumo do País de aparelhos Nokia com a fábrica de Manaus.

Para o segundo semestre, entretanto, período que tradicionalmente tem demanda mais aquecida, a Nokia pode rever a estratégia. "Até o meio de junho a companhia deve decidir se terá de aumentar a produção", afirmou Correia à Reuters, acrescentando que janeiro, mês normalmente mais fraco, fugiu à regra este ano.

De acordo com os números da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em janeiro o País adicionou 1,88 milhão de novos assinantes de celular, número próximo ao registrado em abril e que representa 135% de crescimento sobre janeiro de 2007.

No mês passado, a base aumentou em 1,93 milhão de usuários, número mais de três vezes superior ao registrado um ano antes, fazendo deste o segundo melhor abril nos últimos 10 anos para o segmento, de acordo com a agência. Nos quatro primeiros meses de 2008, o Brasil contabilizava 127,74 milhões de linhas móveis ativas, o que equivale a 66,84 a cada 100 habitantes.

A consultoria Teleco estima que 2008 deve contar com adições líquidas de 25 milhões de linhas celulares, levando a base nacional a 146 milhões, 21% mais que em 2007.

MUDANÇA DE PLANOS
A LG Electronics tem planos de exportação que ainda não conseguiu realizar. "Estamos fazendo investimentos sucessivos no aumento da produção desde 2003, mas eles só foram suficientes para atender o mercado interno", disse Alexandre Jesus, diretor da área de celulares da companhia sul-coreana no Brasil.

Em 2005, por exemplo, a LG vendeu 3 milhões de celulares no país, número que saltou para 5,5 milhões em 2006. Em 2007, a empresa elevou a capacidade de produção para 10,5 milhões de unidades e 9 milhões foram vendidos no mercado local. "O plano que previa mais folga para exportação foi por água abaixo", afirmou o executivo.

Por isso, em 2008, a companhia fará novo aumento de capacidade, com o qual espera chegar a 14 milhões de unidades. Nem por isso a empresa conseguirá destinar um volume considerável para exportações, porque projeta vender 13 milhões de unidades só no Brasil. "Isso sinaliza que teremos de continuar a investir porque ainda estamos sem condições de exportar", afirmou o executivo.

A Sony Ericsson, por sua vez, promoveu no ano passado uma ampliação de sua capacidade produtiva local e espera, por isso, estar preparada para os saltos na demanda.

A empresa usa produção terceirizada e em 2007 contratou uma segunda companhia para suprir suas necessidades. As fabricantes Flextronics, em Sorocaba (SP), e Foxcom, em Indaiatuba (SP) produzem atualmente os modelos da marca.

Como parte da ampliação, a Sony Ericsson saltou de 2 milhões de unidades vendidas em 2006 para 5 milhões em 2007 e este ano chegará a uma produção de 12 milhões de aparelhos, dos quais 10 milhões deverão ser vendidos no país.

A Motorola admite que "o primeiro trimestre foi mais forte do que esperávamos", mas afirma ter conseguido acompanhar o movimento com a produção da unidade de Jaguariúna (SP), que já foi ampliada no ano passado. A companhia não revela números detalhados sobre a operação no país.

Reuters

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