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Vírus móvel, ele pode estar no seu aparelho

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Os criadores de códigos maliciosos para smartphones e celulares mudaram suas estratégias de ataque. Os vírus de hoje são praticamente imperceptíveis para os usuários, pois a intenção dos criminosos é ficar o maior tempo possível dentro dos aparelhos para usá-los como cartão de crédito ou como espião industrial. Os ataques ainda têm como alvo principal os smartphones, mas a chegada da terceira geração de telefonia celular deverá aumentar o número de casos. Para se proteger, os especialistas de segurança asseguram que a única forma é usar, principalmente nos smartphones, os programas de antivírus ou firewalls.
"As pragas criadas hoje em dia, na verdade, melhoram a performace dos aparelhos para que o usuário não perceba que há algo errado. Assim o criminoso consegue ficar mais tempo dentro do dispositivo para usá-lo como cartão de crédito ou até mesmo como espião", diz Gabriel Menegatti, responsável pela área de tecnologia da F-Secure, empresa de segurança.
Os códigos maliciosos atuais não se preocupam em danificar o sistema móvel, mas em abrigar-se dentro dele para extrair dados ou controlar o aparelho. Alguns códigos comandam o equipamento remotamente. Então, eles conseguem ligar para números como 0300, com tarifação maior do que a normal. Esses telefones pertecem, geralmente, ao próprio criminoso que lucrará com a chamada.
Outra modalidade de ataque são os vírus espiões que se instalam no aparelho e identificam todas as chamadas feitas e recebidas, ligam involuntariamente e escutam o que o usuário está falando. Fora isso, o vírus aciona o GPS do celular e informa a localização ao espião.
"Essas pragas são realmente perigosas. Elas usam todas as funções do celular de forma involuntária e o usuário não percebe que isso está acontecendo", ressalta Menegatti. Devido à evolução dos ataques, empresas de mercados extremamente competitivos não permitem o uso de celulares nas reuniões. "A pessoa precisa deixar o celular desligado e sem a bateria na recepção. Estamos falando de companhias da indústria farmacêutica ou que prestam serviços para órgãos de segurança nacional", enumera o especialista.
Chegada do 3G
Os celulares inteligentes ainda são o principal alvo dos ataques devido ao acesso à Internet. "A entreda do 3G vai acelerar a situação que já existe. Ou seja, há um número expressivo de perigos que atacam tanto celulares como PCs, algo em torno de 80 mil. Esse número deverá crescer e o usuário não está preparado", alerta.

O usuário pessoa física de smartphones no Brasil é maioria. Ele representa 60% do mercado, contra 40% dos assinantes corporativos. "No entanto, nos dois casos, o nível de proteção, como antivírus e firewalls, ainda é baixa. Apenas algumas empresas não estão maduras para isso e os usuários, desinformados", ressalta Menegatti, da F-Secure.
No caso das companhias, a perda de informações sigilosas custará muito caro. "E essa situação pode acontecer de forma muito simples, basta um descuido do funcionário com o aparelho e pronto. O concorrente ou criminoso virtual ganhará muito dinheiro com o descuido", ressalta o advogado especializado em Direito Eletrônico, Renato Ópice Blum.
Nesse caso, não é somente a empresa que perde. "Os trabalhadores também podem ser responsabilizados juridicamente pela perda de conteúdo delicado. A empresa tem a obrigação de dar as ferramentas de proteção e, se não der, o profissional deve reivindicar porque em ambos os casos, ele poderá ser co-responsável", explica o advogado.
Como as pragas atuam
Os vírus se propagam nos celulares de forma similar ao que acontece nos computadores. Quando os usuários não usam programas antivírus ou firewall e baixam mensagens suspeitas e clicam em links contaminados; na troca de arquivos compartilhados que já estejam infectados; acessando sites suspeitos e quando baixam arquivos com vírus do computador para o celular.
Apesar de os vírus para celular serem diferentes dos que atacam computadores, um telefone móvel pode carregar uma praga vinda de um PC e transmiti-la quando se conecta a outros celulares ou máquinas. "O aparelho se torna um transmissor de vírus", explica Menegatti. Os sistemas operacionais móveis mais atacados, diz o especialista, são o Symbian e o Windows Mobile.

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