Centro e Treo: na mão, a diferença é bem maior

As qualidades dos velhos Palms tomaram forma num smartphone muito compacto, que dá de 10 no design envelhido dos Treos - o Palm Centro.

Primeiro design da Palm à altura de 2008, o Centro vai agradar veteranos usuários do mundo Palm com sua leveza. E com sua praticidade, pode conquistar muito mais gente.

O teclado QWERTY sobrevive muito bem no desenho menor. As teclas, bem juntas, são macias e arredondadas, permitindo distingüir umas das outras. A tela de 320X320 é brilhante e com ótima definição. Melhor ainda: é touch screen, coisa que muito smartphone de sangue azul não tem. A câmera de 1,3 MP é fraquinha, abaixo do padrão atual dos smartphones.

O testatíssimo Documents to Go, conjunto de processador, planilha e software de apresentação, está mais uma vez presente – embora ele já não seja absolutamente essencial, dada a proliferação dos aplicativos online. O Google Maps também está incluído.

Usei o Centro com o Gmail, o Google Docs, o Orkut, Contatos e Agenda do Google. Todos ficam fácil de utilizar com a maquininha. Tentei baixar o Yahoo! Go, mas não é compatível. O Centro dispensa o uso de mensagem instantânea adicional, porque sua versão de mensagem com bate-papo fica disponível num submenu. Mas acho que ainda assim vale a pena instalar um agregador completo como o Mundu para fazer o serviço.

Senti falta de uma opção de RSS, que celulares Nokia e Sony Ericsson entregam excepcionalmente bem, e de uma versão nativa de Java para instalar midlets – que os antigos Palm tinham, mas não têm mais, em função de uma licença vencida da IBM.

O browser é um velho conhecido, o Blazer. Bem que a Access, que agora cuida do sistema operacional Palm OS, poderia ter posto seu ótimo NetFront, que dá show nos celulares da Samsung.

Mas enfim, a proposta do Centro é ser apenas uma versão mais atualizada dos aparelhos Palm, não outra coisa. E isso certamente tem seu apelo para pessoas que buscam um smartphone prático e sem frescuras - e que não achem um pecado mortal não ter 3G e Wi-Fi na palma da mão.

por - Sandra Carvalho