É indesmentível que a Handango foi uma das empresas que mais contribuiu para o sucesso do Windows Mobile ao oferecer um ponto de encontro entre quem desenvolve software e aqueles que procuravam algo mais do que o sistema operativo tinha para oferecer.
Mas a crescente popularidade da loja online e a falta de alternativas viáveis (as que existiam praticavam o mesmo género de política) criou as bases para se estabelecer a lei do ‘quero, posso e mando’.

Actualmente a Handango cobra 50% do valor facturado, isto é, em produtos como o SPB Mobile Shell 2.0 fica com quase $15,00 de cada cópia vendida. Este tipo de política não beneficia nem o cliente final nem quem produziu o software mas apenas a Handango que pouco ou nada faz para merecer estas taxas.
Mas esta posição arrogante não se esgota nas taxas cobradas, é também aplicável aos pagamentos (uma vez por mês quando a parte do developer ultrapassa os $100), na imposição de campanhas (o ‘desconto’ é suportado pelos criadores e não pela handango) e na forma como é dados destaque aos produtos.

Se há seis ou sete anos não existiam grandes alternativas para a promoção de produtos (e nessa altura as taxas eram bem mais baixas), hoje em dia são milhares os websites e blogs dedicados a este género de dispositivos.
A promoção dos produtos faz-se pela imposição da sua qualidade e não por figurarem numa loja monstruosa onde não é possível dar o devido destaque a todos os catalogados.

Num movimento mais ou menos concertado, diversos programadores e empresas produtoras de software estão a unir esforços na tentativa de encontrarem outras alternativas mais justas.
É que uma das consequências da redução das tarifas pagas às lojas online pode ser a redução dos preços praticados ou, pelo menos, o melhoramento dos recursos de quem escreve as aplicações e consequentemente melhores programas e assistência.

PCdeBolso