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Cerca de 26% dos celulares comprados no Brasil são usados, revela estudo

quinta-feira, 27 de março de 2008

Cerca de 26% dos celulares adquiridos pelos usuários brasileiros em 2007 foram comprados de segunda mão, ou seja, algo em torno de 7,2 milhões de aparelhos. Um estudo revela ainda que se estabeleceu no Brasil um mercado secundário de celulares que concorre com as operadoras.

Os dados constam de um estudo anual realizado pela LatinPanel, empresa que mede consumo domiciliar, que ouviu 26 mil indivíduos para avaliar os hábitos de compra e uso da telefonia celular no Brasil. A amostra representa 80% da população ativa e 91% do potencial de consumo de celulares no país.

O Interior de São Paulo (Área 2) é onde o fenômeno se verifica com maior intensidade. Nesta área, 54% das compras de linhas se deram no mercado secundário. O Rio Grande do Sul (Área 6) ficou com a segunda colocação nesta modalidade de aquisição. Na região, 53% dos telefones celulares foram adquiridos de terceiros em 2007. A área 10, que congrega Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas, é a terceira campeã das vendas de segunda mão. Nesta região, cerca de 34% das linhas adquiridas foram compradas de terceiros e não das operadoras.

O número de indivíduos que possuem ao menos um celular cresceu 23% em 2007 no Brasil. Em dezembro de 2006, a penetração dos aparelhos celulares estava na faixa de 54% da população. Já em dezembro de 2007, o índice subiu 12 pontos percentuais e bateu a marca de 66% dos brasileiros.

Mesmo com o amadurecimento do mercado de telefonia celular no País, o estudo revela que o ritmo de expansão da base de usuários não arrefeceu e o mercado cresce desde 2005 de forma uniforme. Prova disso é que os crescimentos da média mensal de novas aquisições se mantêm, foram habilitados 2,3 milhões de novos aparelhos mensalmente, em 2007, contra 2,1 milhões/mês no ano anterior.

A pesquisa também mapeou a distribuição socioeconômica dos celulares. Segundo o levantamento, 53% dos indivíduos das Classes D e E já são proprietários de celulares no país. Este estrato da população foi o que registrou maior incremento de número de possuidores na comparação com 2006. No ano passo, 39% dos indivíduos deste estrato possuíam celulares. Ou seja, em um ano a penetração e da telefonia móvel na base da pirirâmide social brasileira avançou 14 pontos percentuais no período analisado.

Na classe classe C , também houve avanços e , no final de 2007, 70% dos indivíduos deste estrato já possuiam ao menos um celular. Em 2006, o índice era de 59%. Na classe AB, por sua vez, o índice de penetração ficou em 84%.

No exame da distribuição por faixa etária, o estudo verificou que 46% das crianças entre 7 e 13 anos já são proprietárias de aparelhos celulares. Entre os indivíduos de 14 a 18 anos, 71% possuem o aparelho. Na faixa dos 19 aos 24 anos, a penetração é de 80%. Entre os indivíduos de 25 a 32 anos, o índice é de 80,6%, e, entre os de 33 a 40 anos, o o indicador é 75%. Na demais faixas, à medida que a idade avança, o percentual de indivíduos que possuem celulares cai. Entre os indivíduos de 41 a 50 anos a penetração é de 69%; e, para os que têm mais de 50 anos, o índice é de 48%.

O estudo indica ainda que o crescimento do mercado de telefonia foi impulsionado pelos extremos das faixas etárias. Ou seja, os mais jovens e os mais velhos, embora representem os segmentos com menor índice de penetração, foram os públicos que mais avançaram na posse de celulares em relação ao ano anterior.

Usuários de pós-pagos gastam mais

O estudo da LatinPanel fez também uma radiografia dos gastos com telefonia móvel no país. O levantamento revela que o brasileiro usuário de celular pós-pago puxa a receita das operadoras comprando cada vez mais serviços agregados. Os clientes desta modalidade de linha gastam 7 vezes mais que os usuários de pré-pago.

Segundo a pesquisa, os consumidores de telefonia celular pós-paga, que representam em média 15% da base instalada das operadoras, gastaram em 2007, em média, cerca de R$ 68,31 por mês, o que representou um aumento de 6% em relação ao ano de 2006, quando gastavam R$ 64,38. A região da Grande São Paulo encabeça essa tendência, com a maior média de gasto mensal, R$ 86,52.

Em contrapartida, o estudo mostra que os clientes pré-pagos, que ainda respondem por 85% dos celulares ativos no Brasil, estão reduzindo seus gastos com telefonia celular. Em 2007, estes usuários consumiram uma média de R$ 11,60 por mês, o que significou uma redução de 13% em relação a 2006, quando gastavam R$ 13,34.

Numa avaliação, neste caso dos gastos declarados em dezembro de 2007, a região Centro-Oeste é a que registra o maior gasto médio com celulares pré-pagos no país, R$ 15,11 por mês. A Grande de São Paulo é a região campeã da economia com gasto médio de R$ 9,23.

Mercado Potencial

Apesar de ter crescido de forma acelerada nos últimos anos, o mercado de telefonia celular tem muito ainda para avançar no país. Segundo as projeções da LatinPanel, 34% da população ainda não dispõe de celular, o que representa um público potencial de 46 milhões de indivíduos.

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