PPB para 3G: Consenso ainda parece distante
quarta-feira, 12 de março de 2008
às 8:17 AMPosted by
Cláudio Martinez
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Cesar Keller, diretor geral para a América Latina da HTC, fabricante taiwanesa de smartphones, que desembarcou no Brasil no ano passado, diz que a discussão em torno da concessão de benefícios fiscais apenas para os aparelhos celulares 3G capacitados para a recepção do sinal da TV digital aberta, como quer o ministro das Comunicações, Hélio Costa, precisa, antes de tudo, priorizar o direito do consumidor.
A HTC não definiu ainda quando iniciará a produção local de aparelhos 3G, apesar de já ter fechado acordo com as operadoras. "Com relação à Terceira Geração, ainda estou trazendo os produtos importados de Taiwan e da China. Já atuamos com a Claro e já fechamos acordos com às demais operadoras, mas a questão da fabricação local é ligada à demanda", destacou Keller, em entrevista ao Convergência Digital. Atualmente, de um portfólio de nove produtos em 2,5G, a HTC produz cinco no Brasil. Desses apenas um, não possui conexão Wi-Fi.
O executivo evitou polemizar com relação ao tema benefício fiscal para os aparelhos de Terceira Geração. keller ressaltou, no entanto, que a concessão do PPB - Processo Produtivo Básico, que isenta as fabricantes de impostos como o IPI (Imposto de Produtos Industrializados) - tão somente para os terminais capacitados para captar o sinal da TV digital aberta é impor restrições que podem vir a prejudicar, ao final, o consumidor brasileiro.
"Há modelos de Terceira Geração, de última geração, que não têm a captação de sinais de TV aberta. Esses terminais, sem benefícios, teriam um custo mais elevado para o consumidor brasileiro. Entendo a posição do governo brasileiro, mas acredito que é preciso conversar mais sobre os planos dos fabricantes e das operadoras", observou Keller.
Mesmo com a aplicação de banda larga móvel sendo apontada como a "matadora" da Terceira Geração, a HTC Brasil não irá entrar nesse mercado. "Não fazemos dispositivos USBs para conexões. Temos um investimento em acessórios, que estamos estudando ainda como e quando trazer para o Brasil", afirma Cesar Keller.
Questionado sobre a demanda por celulares no início deste ano, o diretor da HTC Brasil informou que por questões corporativas não pode revelar números, mas assegurou que, até agora, já vendeu mais terminais do que toda a produção local de 2007, iniciada em janeiro, de forma extra-oficial, e ativada, oficialmente, no final de novembro, quando ocorreu o anúncio da terceirização da produção com a Celéstica, em São Paulo.
Na época, os investimentos anunciados foram de US$ 10 milhões. Para 2008, Keller ressaltou não estar ainda autorizado a falar de valores. O modelo comercial da HTC no Brasil envolve a venda via operadoras, através do distribuidor SIMM do Brasil, o único do país.
"Não pretendemos ter mais distribuidores, pelo menos, por enquanto", afirma Keller. E também por meio de canais de Varejo, mas nenhum de grande massa. Hoje, os produtos HTC são vendidos em lojas como FNAC, Submarino, Lojas Americanas.
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