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Com novo iPhone, Apple tenta dificultar desbloqueio

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Empresa vai expandir vendas para outros países e mudar forma como vende aparelho.
Agora, consumidores terão de sair das lojas com os celulares já ativados.

A forma como o novo iPhone será vendido pode atrapalhar consideravelmente as atividades de uma indústria que surgiu logo aos o lançamento do primeiro modelo, há cerca de um ano: a do desbloqueio do telefone celular da Apple.

Quando chegaram ao mercado norte-americano, no final de junho, os aparelhos só funcionavam com a operadora de telefonia AT&T. Em pouco tempo, no entanto, hackers encontraram diferentes maneiras de desbloquear o portátil e torná-lo compatível com outras redes, inclusive de outros países. Teoricamente o celular não deveria funcionar no Brasil, por exemplo, mas é possível encontrar diversos usuários do iPhone no país.

O novo iPhone, compatível com a terceira geração de telefonia celular (3G), vai atrapalhar a ação de hackers de duas maneiras, informa a agência de notícias Associated Press.

Primeiro, ele será vendido em mais países: serão 70 deles até o final do ano, incluindo o Brasil, conforme anunciou o diretor-executivo Steve Jobs. Com isso, a necessidade de desbloqueio perderá força -- mas continuará existindo, porque os usuários ainda podem querer trocar de operadora em seus próprios países.

Em segundo lugar, a Apple vai fazer mudanças no acordo pouco comum que envolvia a venda do aparelho: os consumidores podiam comprá-lo direto das operadoras de telefonia ou nas lojas da Apple sem ativar um plano de serviço. Assim, eles podiam chegar em casa e desbloquear os aparelhos, sem nunca fechar um contrato com a AT&T nos EUA, por exemplo. A idéia é impedir que isso aconteça.
A controladora da Claro já disse que vai distribuir o iPhone no Brasil, mas não especificou uma data para o início das vendas.

Fidelidade
O novo iPhone será subsidiado pelas operadoras, o que permitiu a redução de seu preço: o modelo de 8 GB custará US$ 199, enquanto o de 16 GB sairá por US$ 299. Assim, essas empresas de telefonia planejam ter o retorno sobre seu investimento e podem exigir que todos os usuários de iPhone fechem contratos antes de levar o aparelho para casa. A AT&T, por exemplo, já declarou que os compradores terão de ativar o celular antes de sair da loja. “A situação ficou ruim para quem destrava o aparelho”, afirmou à AP John McLaughlin, fundador da loja Unique Phones, de Nova York, que vende códigos para desbloquear o iPhone. A Apple já tentou impedir esse procedimento fazendo algumas atualizações de software, mas não conseguiu. McLaughlin acredita que a exigência de assinar o contrato nas lojas será mais eficaz que essas atualizações, se o objetivo for manter o iPhone fiel às operadoras escolhidas pela Apple.

A empresa Freeit4less, de Utah, já divulgou em seu site o preço do iPhone 3G desbloqueado: nessa tabela informal, ele custará US$ 100 a mais do que o preço original. Mas o diretor Kyle Jourdan afirmou que não aceita pedidos antecipados, por conta da incerteza rondando o desbloqueio do novo modelo. “Estamos de dedos cruzados, esperando o melhor”, afirmou.
Jourdan espera que alguns aparelhos não sejam subsidiados pelas operadoras, o que deixaria uma brecha para a atividade de empresas como a sua. A Freeit4less diz ter vendido 121 iPhones da primeira geração desbloqueados, além de 5,1 mil códigos para desbloquear o aparelho.
Multa
Nos Estados Unidos, os clientes da AT&T que desistem do contrato de dois anos ainda no primeiro mês têm de pagar US$ 175, além de US$ 36 da taxa de ativação do aparelho. Essas multas elevariam o preço do novo iPhone de US$ 410 para quem quiser desativá-lo, contra os US$ 399 do modelo antigo com mesma capacidade de armazenamento. O preço ainda pode ser atraente para aqueles que desejam usar o aparelho com outras operadoras.

Segundo a agência AP, analistas estimam que as empresas de telefonia gaste US$ 200 para subsidiar cada iPhone. Na segunda-feira (9), o diretor Ralph de la Vega afirmou que a AT&T ainda estuda algumas penalidades para aqueles que quebrarem o contrato no primeiro mês – proibir novas compras daqueles que compram diversos aparelhos e quebram o contrato em seguida, por exemplo.

via|G1

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