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Sem autorização, pesquisadores monitoram 100 mil pessoas pelo celular

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Big Brother' ocorreu sem o consentimento das pessoas monitoradas, fora dos EUA.
Estudo avaliou que a maioria das pessoas nunca fica muito longe da própria casa.

Pesquisadores da Northeastern University, em Boston, nos EUA, monitoraram em segredo mais de 100 mil telefones celulares para seguir os passos de seus usuários e analisar o comportamento humano. A pesquisa, inédita, será publicada nesta quinta-feira (5) na revista Nature, mas já é alvo de críticas e acusações de suposta invasão de privacidade.

O estudo concluiu que a maioria das pessoas nunca fica a mais de 20 milhas (ou 32 km) distante da própria casa. Cerca de 75% dos observados passaram todo o ano restritos a esta área.

Os autores do trabalho não informaram onde vivem as 100 mil pessoas monitoradas, mas afirmaram que, por questões legais, o estudo não teve como objeto moradores dos Estados Unidos. No país, só é permitido utilizar informações da rede de telefonia celular para monitorar pessoas que consentirem com este rastreamento. "Trata-se de um país industrializado, é só o que eu posso dizer", afirmou Cesar Hidalgo, co-autor do estudo.

"Não sabíamos nem ao mesmo o número dos telefones que monitoramos. Recebíamos um código de 26 algarismos e letras", disse Hidalgo. O estudo foi feito com a ajuda de uma empresa de telefonia, que também não teve seu nome divulgado.

"Trata-se de um novo passo para a ciência", defende Albert-Lazlo Barabasi, outro co-autor do estudo. "Pela primeira vez tivemos a chance de acompanhar alguns aspectos do comportamento humano."

O diretor do Privacy Rights Clearinghouse, entidade de defesa do consumidor da Califórnia, critica o fato do estudo ter sido feito sem o consentimento das pessoas monitoradas. "Isso não poderia ter sido feito sem o conhecimento delas", diz Paul Stephens.

G1

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