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Desenvolver sites mobile ou só adaptar-se ao iPhone?

domingo, 13 de julho de 2008

Com a chegada do iPhone e outros smartphones com melhores recursos para navegação, uma questão que tem surgido com freqüência é se a internet móvel está convergindo para a internet tradicional, formando assim uma única internet (oneWeb). Como derivação, abre-se o debate sobre a real necessidade de se criar versões móveis dos sites otimizadas para o acesso pelos celulares.

No entanto, mesmo com o avanço dos aparelhos, há algumas diferenças fundamentais entre a mobile web e a PC Web.

Primeiramente, os usuários possuem necessidades e motivações diferentes quando estão em mobilidade. Em artigo recente, a Business Week mostrou que os usuários pelo celular em geral acessam a internet em horários distintos e procuram sites e funcionalidades diferentes do que quando estão na frente do PC.

Nos EUA, por exemplo, sites como Weather Channel e ESPN são acessados por mais usuários na versão móvel do que na versão web tradicional, buscando consumo rápido e direto de informação (no caso, previsão do tempo e resultado de jogos).

Além disso, as peculiaridades dos aparelhos e interfaces impõem limitações e novas oportunidades. As limitações, inclusive nos aparelhos mais avançados, vão desde o tamanho da tela até o suporte a tecnologias como Flash ou Javascript. Como contraponto, o celular oferece recursos exclusivos, como informações de localização (já usado no Google Maps mobile), novos formatos de interatividade (ex. Click-to-call direto para uma central de atendimento), ou a possibilidade de rápida criação de conteúdo pelo usuário.

Por isso, os principais portais e marcas da internet mundialmente fazem versões específicas dos seus serviços para serem acessadas pelo celular. Estes sites móveis proporcionam uma melhor experiência para o usuário, sendo mais intuitivos e rápidos (baratos) para acesso no celular, além de priorizarem conteúdos e serviços mais relevantes em mobilidade. Alguns vão até além nesta questão. O Google e o Yahoo!, por exemplo, automaticamente redirecionam os usuários para a versão móvel dos seus serviços quando acessados por celulares, mesmo quando o endereço digitado é o da internet tradicional (ex. www.yahoo.com, www.gmail.com).

Essa diferença de experiência é bem evidente até para o iPhone, aparelho que se destaca na capacidade de acessar sites web normais. Esse vídeo, por exemplo, mostra a diferença de experiência do usuário no acesso ao blog Engadget pelo iPhone entre uma versão móvel e a página normal do serviço. No exemplo em questão, o usuário na versão móvel consegue acessar quatro artigos no mesmo tempo em que acessa apenas um pela versão web normal.

Outro ponto importante a se ressaltar é que, mesmo desconsiderando as questões de melhor experiência para o usuário, esta parcela de aparelhos que podem (ainda que com limitações) acessar um site web normal ainda não passam de 2% aqui no Brasil. A situação não é diferente nos países mais desenvolvidos. Segundo pesquisa recente da Nielsen Mobile, nos Estados Unidos o aparelho líder na mobile web é o Motorola Razr V3 – que não possui recursos dos smartphones – com 10% dos acessos.

Já com relação a outro aspecto importante, o da busca móvel, os mecanismos de mobile search do Yahoo! e Google priorizam sites que são projetados especialmente para a mobile web. Aqui no Brasil as operadoras têm formalizado parcerias de busca móvel pelos seus portais com um destes dois players, o que tende a dirigir bastante tráfego para os bons mobile sites por usuários que vêm direto das operadoras.

Portanto, é bastante plausível apontar que há uma grande oportunidade para a criação de sites projetados exclusivamente para os celulares, pensados para oferecer uma ótima experiência e atender as necessidades de uma massa que cada vez mais quer ter acesso 24/7 aos seus serviços, notícias, comunidades, e-mails, blogs…

via|[Webinsider]

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