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Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Materia Publicada por ClausBH no GSM E CIA e reproduzida na integra, com a devida autorização do autor e deixo um breve comentário. O que essa gente faz lá na ANATEL? Fiscalizar as empresas é que não é.

Hoje, (02/12/2009), enquanto estava voltando para casa, ouvi na Voz do Brasil, uma reportagem sobre o Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas, e curiosamente o repórter anunciou que são as empresas de telefonia e bancos que lideram o triste ranking das reclamações nos PROCONs de 20 estados, num total pouco acima de 34% de todas as demandas reclamadas. É uma estatística impressionante, e nos fazem questionar o motivo por não haver as devidas medidas punitivas dos órgãos competentes, nesse caso, a Anatel. Mas pelo menos nesse sentido, enquanto a Anatel, principal entidade controladora não toma conhecimento ou faz vista grossa, há atitudes da direção da Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça, Ricardo Morishita, onde destaco um trecho da matéria:

“Em janeiro, o Ministério da Justiça deve divulgar um relatório analítico do Cadastro Nacional e convocará os setores com a maior quantidade de queixas. É importante que eles (empresas) venham e possam informar à sociedade as providências que adotaram para diminuir as reclamações e respeitar os consumidores”.

Esse tipo de divulgação trará benefícios ao consumidor na hora de escolher melhor os serviços e produtos, penalizando os péssimos fornecedores e valorizando àqueles que possuam um melhor desempenho em trazer qualidade para nós, eternos sofredores consumidores.

Para quem que não conhece ainda, segue a descrição oficial da Justiça sobre o Cadastro Nacional:

A formulação e divulgação do Cadastro Nacional de Reclamações Fundamentadas é uma exigência da Lei 8.078/90 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor (CDC) – e do Decreto nº 2.181/97, sendo instrumento essencial para proteção e orientação dos consumidores.

A divulgação deste cadastro, ao mesmo tempo em que cumpre expressa disposição do Código de Defesa do Consumidor, reforça a cultura da prevenção e permite a promoção de políticas públicas para a defesa do consumidor. O acesso ao cadastro assegura aos consumidores a possibilidade de melhor escolherem seus fornecedores, servindo de incentivo para o aperfeiçoamento de todos os produtos e serviços colocados no mercado de consumo.

O atual cadastro nacional abrange o período de 01/09/2008 a 31/08/2009 e contem os registros das reclamações fundamentadas dos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

Os consumidores podem fazer a pesquisa com base nos dados nacionais, regionais, estaduais ou mesmo diretamente nos registros dos Procons de seu estado ou município.

Integram o cadastro, as demandas dos consumidores registradas como reclamação e que, após análise técnica pelos órgãos públicos de defesa do consumidor, foram consideradas fundamentadas. O cadastro informa, ainda, se as reclamações foram ou não atendidas pelos fornecedores.

Em seguida, o ranking nacional de reclamações fundamentadas:

Ranking dos fornecedores mais reclamados

Posição
Fornecedor
Atendidas
Não Atendidas
Total de Reclamações
Quantidade
%
Quantidade
%
OI / BRASIL TELECOM
3.164
53,0%
2.802
47,0%
5.966
ITAÚ / UNIBANCO
2.797
64,2%
1.563
35,8%
4.360
NOKIA
3.080
85,6%
518
14,4%
3.598
SONY ERICSSON
2.763
78,4%
763
21,6%
3.526
TIM
1.403
59,0%
973
41,0%
2.376
LG
2.173
93,3%
155
6,7%
2.328
CLARO
1.180
52,2%
1.079
47,8%
2.259
SAMSUNG
1.805
82,0%
397
18,0%
2.202
VIVO
1.510
74,6%
513
25,4%
2.023
10º
AMERICANAS
1.117
65,8%
580
34,2%
1.697
11º
BRADESCO
904
60,3%
595
39,7%
1.499
12º
CITIBANK
830
63,3%
482
36,7%
1.312
13º
IBIBANK
766
64,0%
431
36,0%
1.197
14º
BANCO DO BRASIL
736
63,0%
433
37,0%
1.169
15º
GRADIENTE
467
42,6%
630
57,4%
1.097
16º
C&A
845
77,5%
246
22,5%
1.091
17º
RICARDO ELETRO
905
84,4%
167
15,6%
1.072
18º
MOTOROLA
655
68,2%
306
31,8%
961
19º
CARREFOUR
657
71,4%
263
28,6%
920
20º
EMBRATEL
701
83,3%
141
16,7%
842
21º
CELL SHOP
510
65,0%
275
35,0%
785
22º
BANCO BMG
456
58,8%
320
41,2%
776
23º
STARCELL
606
78,3%
168
21,7%
774
24º
LOJAS INSINUANTE
652
84,2%
122
15,8%
774
25º
PONTO FRIO
481
64,0%
270
36,0%
751
26º
WALL MART
563
79,2%
148
20,8%
711
27º
BENQ-SIEMENS
173
24,4%
535
75,6%
708
28º
SANTANDER / REAL
315
46,5%
362
53,5%
677
29º
BANCO PANAMERICANO
263
39,8%
398
60,2%
661
30º
CASAS BAHIA
536
83,8%
104
16,2%
640

* Fornecedores pertencentes ao mesmo grupo econômico foram agrupados

Tabela dos Assuntos Mais Demandados do SINDEC
Assunto – Percentual
Cartão de Crédito -> 11,45%
Telefonia Celular -> 10,63%
Telefonia Fixa -> 10,60%
Aparelho Celular -> 9,19%
Banco comercial -> 7,15%
Financeira -> 4,75%
Energia Elétrica -> 3,18%
Outros Contratos -> 3,01%
Água / Esgoto -> 2,00%
Microcomputador / Produtos de Informática -> 1,93%
Cartão de Loja -> 1,85%
Estabelecimento / Loja – Compra a Prazo -> 1,78%
Aparelho DVD -> 1,45%
Escola ( Pré, 1º, 2º Graus e Superior ) -> 1,31%
Internet -> 1,30%
TV Por Assinatura -> 1,22%
Televisão / Vídeo Cassete / Filmadora / Video-Laser -> 1,18%
Móveis Para Quarto -> 0,97%
Aparelho de Som ( Gravador, 3×1, CD ) -> 0,87%
Plano de saúde regulamentado -> 0,83%



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