SMS ainda paga o leite das crianças
terça-feira, 17 de junho de 2008
às 2:18 PMDesenvolvedores brasileiros projetam oportunidades no 3G e nos vídeos, mas público das classes C e D são maior alvo.
Apesar de estarem de olho nas oportunidades criadas com serviços que usam as redes sociais, vídeos, músicas e fotos, as empresas que criam software para celular no Brasil mostraram que mantém um pé fincado no terreno dos serviços via mensagem de texto, hoje, no Seminário INFO de Internet Móvel.
“Existe uma grande demanda por conteúdo premiun para celular. Para atender esse público basta trabalhar com o que temos, e não esperar por um Messias. Há 130 milhões de telefones com SMS.”, disse Alex Pinheiro, fundador da Gol Mobile, que recentemente lançou um serviço para o envio semanal de conteúdo via SMS.
“Objetivo é atingir as classes C e D. Queremos ser as Casas Bahia do conteúdo para celular”, disse Pinheiro.
Uma barreira para o sucesso de aplicativos mais sofisticados é a própria falta de experiência com aplicativos para celulares. “Vemos que aparelhos mais bonitos fazem sucesso independentemente das suas funcionalidades. Com o software acontece algo parecido. Se o serviço não for fácil, ele não será usado”, disse José Geraldo Magalhães, CTO da Wapja.net.
As apostas para o futuro são otimistas, e serviços com conteúdo gerado pelos usuários e a propaganda são áreas quentes, de acordo com os desenvolvedores. “O mercado nacional já movimenta algumas centenas de milhões de reais com os desenvolvedores para celular. E certamente está numa crescente”, disse Fabrício Bloisi, CEO da Compera/nTime.
“Os ringtones não davam dinheiro nenhum em 2000. Hoje é um grande negócio, é o carro-chefe da maioria das empresas. Nos próximos dois anos, o vídeo deve gerar bons resultados. Mas é preciso esperar”, afirmou Bloisi.
INFO
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