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Empresarios Não Chorem a Reativação da Telebrás. A Culpa é de Vocês

sábado, 13 de março de 2010

O Texto está imenso, mesmo para os meus padrões, mas quem quiser ler, vá até o fim ou sentido se perderá no caminho.

Os maiores prejudicados no curto prazo que mais colaboram para a reativação da Telebrás, os empresários do setor de telecomunicações.

Leiam abaixo um trecho da noticia publicada na revista PC Word.


"A conta não fecha", disse o diretor de operações e tecnologia da CTBC, Luís Antônio Andrade Lima, durante um painel com representantes do setor, após a apresentação do balanço, na terça-feira (10/3), em São Paulo. Na avaliação do executivo, o custo de infraestrutura wireless é muito alto para atender a demanda crescente pelo serviço. "É preciso buscar um modelo que seja mais equilibrado", afirma.

Tanto a CTBC como a Claro garantem que não pretendem encerrar a oferta de planos de dados ilimitados tão cedo, mas começam a incentivar a adesão dos novos usuários a planos, que segundo elas, são mais adequados ao perfil de consumo real.

Na base da Claro, os clientes de planos ilimitados são a maioria, informa a diretora de serviços de valor agregado da operadora, Fiamma Zarife, mas ressanta que 86% da base consomem uma média de 3 Gigabytes de dados ao mês. "Há muito desconhecimento do consumidor em saber o que ele realmente utiliza".

Mau uso

Na avaliação de Fiamma, a mudança no plano de negócios também deve evitar que empresas usem o acesso móvel de forma ilegal - ela cita casos do uso do acesso 3G em lan houses. "Não acho que foi um erro [a oferta de planos ilimitados] e não estamos punindo os usuários, mas sim os maus usuários", explica.

A Claro iniciou recentemente a oferta de planos limitados em 3GB (89,90 reais) e 5GB (119,90 reais), incluindo um serviço que alerta por SMS quando o cliente ultrapassa 80% da franquia. A tarifa para o acesso excedente é de 10 centavos de real por megabyte adicional. Além do alerta, segundo Fiamma, a empresa prepara uma espécie de calculadora virtual para que o usuário acompanhe o consumo de dados dos últimos três meses. Hoje, o site oferece um simulador básico de consumo de dados para orientar o internauta na aquisição do plano.


Não me surpreendo por uma razão simples, essa visão “a conta não fecha” não é nenhuma novidade.

Reproduzo abaixo outro trecho texto de, o autor agora é Rafael Steinhauser Presidente para América Latina da Acision. Já tinha o lido o texto antes, mas confesso que não dei nenhuma importância na época. O texto é de 21/12/2009. Integra pode ser lido aqui.

O resumo disso tudo é que a banda larga móvel progrediu muito em pouco tempo. A difusão é, no mínimo, impressionante, e o crescimento das receitas parece sólido como uma rocha. Em um número cada vez maior de mercados, ela até tem se desenvolvido como um substituto maduro à banda larga fixa. Então, os planos de precificação com tolerância de uso por taxas fixas cumpriram sua missão. Mas as consequências dessa estratégia só estão se revelando agora, e as operadoras de internet móvel perceberam, para sua tristeza, que este modelo não vai permanecer sustentável.

Ele não fornece as ferramentas para impedir congestionamento de rede e garantir qualidade de serviço durante horários de pico. E os modelos rígidos de precificação proíbem que as operadores gerem receitas adicionais. Se não houver alguma mudança, as operadoras de internet móvel correm o risco de se tornarem vítimas de seu próprio sucesso.

Está claro que as operadoras não podem simplesmente continuar a percorrer o caminho que escolheram. Elas têm de abordar o maior dos desafios: como criar um business case lucrativo e continuar competitivas? Quais provedores de conteúdo estão transferindo enormes volumes de dados sem compensação pelo uso da rede? Então, como posso controlar os custos e, ao mesmo tempo, gerenciar a qualidade do serviço e aumentar a receita média por usuário, o ARPU?

Uma saída para maximizar os lucros é observar o potencial de fluxos de receita adicionais. As operadoras têm a oportunidade de desenvolver um leque de serviços de valor agregado capaz de monetizar seus recursos exclusivos de mobilidade, combinando-os com recursos de rede e aplicativos. Estes serviços podem, claro, ser usados para diferenciação competitiva ao serem colocados gratuitamente à disposição dos usuários.

As operadoras de telefonia móvel têm de abandonar os modelos estáticos de precificação e criar ofertas de pacotes direcionados para segmentos específicos de usuários, aplicativos, localizações ou tempo de uso. Elas precisam observar os lucros por megabyte para continuar obtendo sucesso com a banda larga móvel. Essa será a chave para o futuro dessa tecnologia.

Sei que é dispensável, mas ainda sim pego o trecho mais relevante e traduzo para o bom português.

As operadoras de telefonia móvel têm de abandonar os modelos estáticos de precificação e criar ofertas de pacotes direcionados para segmentos específicos de usuários, aplicativos, localizações ou tempo de uso.

Tradução: ACABEM COM PLANOS DE DADOS ILIMITADOS.

Pouco importa se a conta fecha ou não, mesmo que a questão econômica da banda larga para as empresas seja legítima, os empresários estão dando munição para o bandido e não estão percebendo.

Deixo agora trechos do artigo de Luciano Costa também publicados na Teleco, evidenciando como anda a mentalidade do empresário.

Não vamos aqui tratar do provável retrocesso que seria termos novamente uma empresa estatal no setor.

Evidente que o consumidor desinformado apoiaria da proposta de reativação da Telebrás. Os motivos? Os mesmos de sempre. Serviço caro e ruim e as operadoras ainda querem pensar em acabar com pacotes ilimitados para aumentar os lucros.

Tampouco das especulações financeiras e uso político que, mesmo com a iniciativa ainda no papel, já fazem parte do dia-a-dia da proposta.


Lógico que os empresários que tem ampla proteção da Anatel para desrespeitar as leis de defesa do consumidor não vão querer discutir pequenos detalhes da reativação da Telebrás como, por exemplo, a corrupção no processo e uso político para implementar uma ditadura no país.

Queremos, em verdade, aproveitar para sugerir uma outra forma de ver o Plano Nacional de Banda Larga e determinados atores cujo papel, ao menos nas discussões que temos presenciado, tem sido negligenciado.

E quem vai ouvir os empresários de telecomunicações no Brasil? Publico ficará surdo diante do tratamento que recebe e o governo não vai se parar por isso.

Apesar do parágrafo absolutamente infelizmente de Luciano Costa, o artigo é muito bom. Razão? Aponta de uma vez só, como o Plano Nacional da Banda Larga eficiente seria feito em outra Nação. Apenas mostrar que para se um plano de banda larga dar certo vale o elogio.

É certo que não há como descolar o acesso à Internet de um projeto maior de inclusão digital, que englobe também as estruturas físicas e recursos humanos capazes de fazer com que o acesso à Internet seja efetivamente útil. Banda larga não é energia elétrica. Simplesmente entregar acesso à Internet sem que haja uma estrutura – física e de pessoal – capaz de transformar o acesso em real benefício para as cidades atendidas pode ser um esforço vazio. Estamos falando de computadores nas escolas, hospitais e repartições públicas; conteúdo específico que atenda às necessidades das comunidades; treinamento de professores, profissionais de saúde, gestores municipais e estaduais, e por aí vai. Sem essa perna, o PNBL fica manco.
Ele continua indo no ponto que eu repito insistentemente no Blog, ao ponto de irritar os leitores.
Assim, o foco do PNBL deveria ser buscar maneiras de lidar com temas mais relevantes, como por exemplo a altíssima carga tributária que incide sobre serviços de telecomunicações e a dificuldade em implementar a última milha para levar ao usuário final o acesso à Internet em alta velocidade.
Outra coisa que insisto ao ponto de leitores se cansarem, ele trata no artigo.

Assim, o foco do PNBL deveria ser buscar maneiras de lidar com temas mais relevantes, como por exemplo a altíssima carga tributária que incide sobre serviços de telecomunicações e a dificuldade em implementar a última milha para levar ao usuário final o acesso à Internet em alta velocidade.

Que usuário não aceitaria "A Salvação" vendida enganosamente pelo governo com a reativação da Telebrás? O usuário comum que sataniza as operadoras tem um motivo. O serviço é uma porcaria e é caro, quando funciona. Evidente que o maior responsável por essa situação não é o empresário que só pensa em aumentar o lucro, responsável é o próprio governo que deixa os empresários fazerem o que querem e não usa a Anatel para coibir abusos. O Governo cobra impostos absurdos impedindo investimentos no setor e depois responsabiliza os empresários por pela falta de investimentos. A Tática do governo é suja. Cria a seca para vender a água a peso de outro.

Os empresários ajudaram a cavar esse buraco, e agora só resta por um Milagre.

Evidente que quem paga a conta disso tudo é o contribuinte. O Brasil vive tempos ruins e poucos acreditam.

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O País da Banda Estreita

sábado, 21 de novembro de 2009

Nesse ótimo artigo da Teleco, evidencia-se que o mundo está pensando muito a frente do brasil em banda larga. Enquanto o mundo define que banda larga é 2 Mega, para a Anatel banda larga é 128 kbps. Enquanto esperamos que nossos legisladores façam um projeto para garantir metade da qualidade da “banda larga” que pagamos, na Finlândia 1 Mega será direito de praticamente todos que estiverem próximos a infra estrutura dos grandes centros.

Isso me faz lembrar da melhor propaganda que a TIM já veiculou.

Ela reflete exatamente o que o governo e empresários pensam do Brasil, que acreditam que a mente do povo brasileiro é estreita, já que banda larga para nós pode ser 8 vezes menor do que a banda larga do resto do mundo.

A Anatel e o Ministério da Comunicações reafirmam isso não regulamentando adequadamente a banda larga, não fiscalizando as operadoras, cobrando uma montanha de tributos que travam investimentos sem qualquer tipo de retorno.

Quem disse isso também são as nossas queridas operadoras, expressando na demonização dos “heavy users” com contratos que após 2 Gigas de trafego de dados (na melhor das hipóteses) a velocidade a critério da operadora será reduzida para 128 Kbps, sem nenhuma garantia real da velocidade, e fazendo investimentos minimos para a rede funcionar no estilo “vai que dá” ou pautado pelo minimo que o governo exige.

Como diz a propaganda da TIM, algo está acontecendo. O que a propaganda não diz é que esse algo é o brasileiro sendo deixado a margem da tecnologia por falta de interesses de investimentos, que passam pelos interesses do governo, e uma generosa fatia de empresários que não querem ter trabalho e preferem ficar lucrando sem fazer esforço.

A Teleco pode pensar o quanto quiser no futuro, mas o Brasil ainda precisa realizar o presente.

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A Reforma dos Direitos Autorais e a Estupidez Política

terça-feira, 10 de novembro de 2009



Como sempre os nossos políticos estão no esplendor de sua estupidez. No que diz respeito a internet então, nem se fala. O Ministério da Cultura apresentou o projeto de lei estupido para reformar a lei 9.610/98 que trata dos direitos autorais no Brasil.

Dentre as propostas está a que o comprador de um cd ou outro tipo de mídia possa pegar o arquivo, converter para outro formato, fazer um backup e possa usufruir do conteúdo em outros meios diferentes do original, como por exemplo digitalizar um cd ou converter um filme para celular.

Desse trecho do projeto de lei, não vale a tinta e o papel gastos, já que isso é fato e algo que não tem nenhuma relevância pratica, com ou sem lei, nada vai mudar, já que a preocupação dos produtores de conteúdo protegido é que alguém pague pela produção. Ninguém está preocupado se alguém que pagou pelo conteúdo vai converter um vídeo de AVI para MP4 ou WMV.

A pauta é a remuneração dos detentores dos direitos autorais e as possibilidades criadas pela tecnologia compartilhamento de conteúdo sem o pagamento do direito autoral.

Um especialista (que agora me foge o nome e não consigo encontrar no google) propôs em 2000 que se crie impostos para compensar artistas por perdas de direitos autorais, faça um software que rastreie o autor cada musica, divide-se o bolo dos impostos por eles proporcionalmente a sua popularidade e simplesmente libere-se o compartilhamento de arquivos..

Infelizmente essa discussão é inoportuna no Brasil, como falo nesse post no GSM E CIA, os empresários de tecnologia estão em coro pressionando o governo pela redução de Tributos, O ministério da cultura já está acenando para a proposta para criação de compensação financeira aos detentores dos direitos autorais.

Isso cheira a aumento de imposto em toda a cadeia de tecnologia, e isso pode tirar da pauta a redução de Tributos (ICMS, COFINS e FISTEL principalmente) que estão solapando os investimentos no Brasil e atrasando a universalização do acesso a tecnologia.

Continuando como com a onda de bobagens, está a criação do Instituto Brasileiro de Direito Autoral (IBDA), que eu não sei para que servirá, mas na melhor hipótese será cabide de emprego para algum inútil, na pior um órgão para alimentar a corrupção na divisão dos recursos vindos do imposto para compensar os artistas.

Qual o caminho para sanar o problema? Difícil dizer, mas não é o que o Ministério da Cultura está propondo e duvido muito que algum politico brasileiro faça uma proposta descente.

Acho que o debate só vai para frente no momento em que a sociedade fizer um balanço dos ganhos da universalização pela pirataria e das perdas de qualidade e quantidade sofridas pelas perda de competitividade sofrida com a queda nos rendimentos dos produtores de arte e cultura..

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